“Como falar para o seu filho ouvir e como ouvir para o seu filho falar”, esse é o título do livro escrito por Adele Faber e Elaine Mazlish.

Antes de mais nada, devemos dizer que é um livro incrível (#ficadica)! Muito bacana para leitura dos pais e mães de plantão!!!

Nós da Burithi já lemos algumas vezes e sempre encontramos dicas interessantes que nos ajudam a solucionar qualquer tipo de conflito e não apenas os relacionados diretamente a pais e filhos. São conceitos que podem ser usados na convivência familiar, nas escolas, nas relações comerciais e também em grandes negociações.

Resolvemos abordar 3 pontos que acreditamos serem interessantes para trabalhar com nossos filhos e que podem ajudá-los a solucionar diversas questões ao longo de suas vidas.

Cuidar dos sentimentos

Isso significa que devemos evitar desconsiderar o sentimento de uma criança, pois ela acaba se sentindo confusa e irritada, transformando a situação em discussão. Dizemos, então, que nossos filhos são manhosos ou birrentos…

Na verdade, o que acaba acontecendo é que em alguns casos estamos deixando de reconhecer os sentimentos dos pequenos e isso pode levar à falta de compreensão das próprias emoções e a uma eventual ausência de autoconfiança.

Se, por outro lado, reconhecemos seus sentimentos (o que não significa concordar), a criança passa a ter consciência de suas emoções, fazendo com que sua autoconfiança aumente e ela passe a ter segurança para buscar soluções de maneira mais autônoma e proveitosa.

Ensinar consequências

O castigo é quase sempre uma alternativa que os pais adotam quando já tentaram de tudo e mesmo assim as crianças continuam os ignorando ou mesmo desafiando.

O que não temos consciência é de que quando castigamos uma criança, estamos impedindo que ela passe por um processo interno muito importante que é o de enfrentar o seu próprio mau comportamento.

Como alternativa ao castigo, a proposta é que pais e filhos cheguem juntos a uma resolução do problema, negociando as consequências da atitude em questão com a criançada.

Para isso, primeiro é preciso ter uma conversa aberta onde cada um possa expressar seus sentimentos e suas necessidades com relação à atitude do outro. Depois, a sugestão é de que pensem em alguma solução que seja satisfatória para ambos. Por fim, o olhar deve voltar-se ao futuro, para que decidam em conjunto qual será a atitude de cada um caso a situação volte a se repetir.

Trata-se de uma proposta bastante complexa, mas capaz de trazer grandes benefícios a longo prazo!

O ganho se reflete na capacitação da criança em entender que suas atitudes terão ressonância na relação. Nesse caso, a natureza de punição do castigo ganha roupa nova, passando a ter característica de aprendizado sobre as responsabilidades. A criança passa a entender que toda ação tem uma consequência.

Garantia da autonomia

Apesar do grande esforço envolvido neste tópico, acreditamos que os filhos são seres humanos únicos com diferentes temperamentos, diferentes gostos, diferentes sentimentos, diferentes desejos, diferentes sonhos e efetivamente, diferentes de nós

Quando tomamos a real consciência disso passamos a ser capazes de separá-los de nós; abrimos oportunidades de fazerem as coisas por eles mesmos e a terem o direito de escolha. Deixamos que eles lutem com seus próprios problemas, para que aprendam com os erros e comecem a incrível jornada de se tornarem pessoas mais seguras e felizes!

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